O relacionamento entre duas pessoas é difícil. Não aprendemos relacionamento na escola; aprendemos sexo, inclusive oficialmente em aulas predeterminadas no “curriculo” escolar.
Amar surge da paixão e se expressa nas atitudes conscientes de dedicação ao outro.
Amar não dói! O que dói é a percepção de que não somos amados. Nem sempre temos consciência dessa dor que aparece ao sentirmos que não somos amados; ela se reveste de diferentes mantos: uma leve ou significativa depressão, uma irritabilidade acentuada, uma certa apatia que não admitimos como infelicidade, falta de interesse sexual (e algumas vezes, ao contrário, uma exacerbação sexual que busca compensar a falta do amor ou mesmo punir a pessoa que gostaríamos que nos amasse, fazendo sexo com terceiros.
Há muito tempo temos volteado esse sentimento e suas consequências, mas somente há um século nos aproximamos de um maior entendimento. Maior clareza e objetividade surgiram com as pesquisas de Bowlby junto a crianças que perderam os pais na 2ª guerra mundial. Bowlby (1950) observou que muitos bebês, apesar dos “cuidados” quanto á alimentação e higiene, se tornavam apáticos, adoeciam com facilidade e muitos morriam. O que diferenciava esses bebês daqueles mais vigorosos? Os órfãos não recebiam atenção e os cuidados que poderíamos chamar de “afetivos”.
Nossas reações emocionais, dentro de um relacionamento afetivo-sexual duradouro, podem se assemelhar muito às reações desses bebês; precisamos nos sentir amados.
Lendo um texto e estando sob o controle racional, isso pode parecer bobagem. Ao nos permitirmos perscrutar nossas emoções, podemos encontrar lá esse requisito (essencial) para nosso equilíbrio emocional.
Podemos buscar a terapia de casal para encontrarmos novas formas de relacionamento que nos sejam mais satisfatórias, pode acontecer, no entanto, que essa questão consciente e racional não seja o cerne do problema, e que seja necessário ir mais fundo.
Aproveitando a propaganda: Sentir-se amada(o), não tem preço!
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