Minha filha se interessou pelo Frankenstein e lembrei-me que citei a história escrita pela Britânica Mary Shelley em 1818, em um texto para pais e mães. Por alguns anos dediquei-me a divulgar a importância do cuidados maternais/paternais na formação emocional de seus filhos. Esse trabalho gerou o livro “O Poder dos Pais na Formação…”.
Naquele texto resumi a história do Frankenstein:
“Com as melhores das intenções alguém resolve gerar a vida ou ressuscitar mortos e, pelas dificuldades da empreitada, consegue o intento mas o ser revivido, este tem uma aparência grotesca com seus membros destoantes e costuras assustadoras (enfim, é diferente da maioria). Naturalmente um ser assim é rejeitado pela maioria das pessoas em função da diferença que existe entre ele e os demais. Essa rejeição provoca um efeito natural: faz com que ele reaja. No livro, Frankenstein sentindo-se excluído, inicia uma série de agressões às pessoas buscando, naturalmente, atingir também o seu “criador”.
Encontramos no romance uma fala emblemática de Frankenstein ao seu criador. Como sua aparência assustadora impedia que se aproximasse de qualquer pessoa, em sua última tentativa de contornar essa solidão, exigiu que lhe fosse criada uma companheira. Diante da negativa recebida disse: “Todo homem tem direito a uma esposa, toda besta-fera encontrará sua companheira, e somente a mim isso será negado? Meus sentimentos afetivos foram pagos com ódio e opróbrio. Você, homem, pode alimentar o ódio. Mas cautela! Suas horas hão de passar-se em terror e infortúnio… Você pode privar-me de tudo a que eu possa aspirar, mas não pode impedir minha vingança.”
Assim como Frankenstein, muitos casais brigam, sentem muita raiva de seu par, simplesmente porque sentem falta de amor, sentem falta de sentirem-se amados. Brigam pelo amor e procuram a terapia de casal buscando reencontrá-lo. Sim, é possível, mas não “reencontrá-lo” e sim retomar o comportamento amoroso!
Leia o livro. Veja diferentes emoções contaminando relações, algumas positivas transformando-se em negativas diante de uma frustração:
do filme “Emile” (A Força as Palavras)
Liz Taylor em “Assim Caminha a Humanidade”
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